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A eléctrica nacional espera chegar ao fim do ano com lucros acima dos mil milhões, um valor recorde. A actividade no estrangeiro já é responsável por metade dos resultados.
Ana Maria Gonçalves e Ana Baptista
Mesmo em período de crise, a EDP promete bater recordes. A maior eléctrica nacional deverá fechar 2008 com lucros de mais de mil milhões de euros, sem qualquer tipo de resultados extraordinários, apurou o Diário Económico. Mais de 50% dos quais serão gerados fora de Portugal.
Para esta evolução contribuirá a forte aposta nas energias renováveis e o aumento das receitas das actividades reguladas que a empresa detém em vários pontos do mundo. A confirmarem-se as expectativas, a empresa ultrapassará os 907 milhões de euros de lucros gerados em 2007. Aliás, um valor que já fica aquém do atingido entre Janeiro e Setembro de 2008 que se cifrou nos 940 milhões de euros. Ou seja, mais 41% face ao mesmo período de 2007, anunciou ontem a empresa.
Resultados que, de acordo com a EDP, foram suportados, principalmente, por um encaixe de 450 milhões de euros com o IPO da EDP Renováveis e com a venda das posições na Turbogás e na Portugen. E que permitirão assegurar a política de dividendos levada até agora. “Mantemos o compromisso de pagar 11,5 cêntimos nos dividendos. Vamos levar a proposta à assembleia-geral, mas acredito que é o valor adequado”, disse Nuno Alves, o administrador financeiro da empresa.
Relevante foi também o desempenho do EBITDA (resultados antes de impostos, amortizações, juros e depreciações) que subiu, no mesmo período de 16% para os 2,4 mil milhões de euros. Um resultado para o qual contaram, essencialmente, as redes reguladas na Península Ibérica, que representam 704 milhões de euros do EBITDA e os projectos eólicos, que contribuem com 307 milhões de euros para este indicador.
Aliás, as eólicas foram e são “o principal motor de crescimento, onde houve um aumento da capacidade instalada de 52% e um reforço da produção de 119%, versus o período homólogo de 2007”, disse o CEO da EDP, António Mexia, ontem na apresentação das contas. “Estes números são muito bons e mostram a resiliência da companhia, da sua estratégia e a sua capacidade de entregar os objectivos”, comentou ainda.
Mais endividamento em estudo
A EDP está confortável em termos de liquidez, mas não coloca de parte uma nova ida ao mercado para emissão da dívida. De acordo com o administrador financeiro, a eléctrica, além dos 500 milhões de euros de dívida emitida há duas semanas, tem mais 2,8 mil milhões de euros de fundos disponíveis. No entanto, “há-de voltar ao mercado, apesar de, neste momento, nada estar em cima da mesa”, disse Nuno Alves.
O aumento do custo do dinheiro é um cenário que não ensombra, para já, a eléctrica nacional, uma vez que tem todo o financiamento garantido até finais de 2010. Porém, caso a crise de crédito se agrave, o impacto será sentido apenas nos novos projectos que estão programados para além deste horizonte. A previsão é da CEO da EDP Renováveis, Ana Maria Fernandes.
A dívida líquida da empresa aumentou 10%, para 12,9 mil milhões de euros, justificada, em parte, pelo incremento do investimento na área operacional. Este último disparou 62% para 2,2 mil milhões de euros.
A EDP apresentou ainda um corte nos custos operacionais que permitiu uma poupança de 156 milhões de euros, ultrapassando assim, com dois anos de antecedência, o objectivo de poupar 150 milhões de euros em 2010.
Metas alcançadas pela EDP no dia do novo plano estratégico
1 - Produção e Comercialização
O grupo EDP já conseguiu aumentar a produção de electricidade na Península Ibérica em 1.550 megawatts – a meta que estava definida até 2010. A eléctrica tinha em finais de 2005 uma capacidade de produção de 11.076 megawatts. Para atingir os objectivos, a empresa apostou na criação de novas centrais eléctricas de ciclo combinado “para aumentar a competitividade do ‘portefólio’”.
2 - Distribuição no mercado ibérico
A EDP definiu um crescimento anual na área da distribuição de electricidade de 3,5% até 2010. Em finais de 2005, a empresa ficava-se pelos 53 TWh e a eléctrica definiu objectivos baseados na estimativa de que a procura da electricidade iria crescer a um ritmo superior ao Produto Interno Bruto. A empresa definiu um investimento operacional de 1.150 milhões de euros entre 2007 e 2010.
3 - O crescimento do gás
No plano de negócios, a EDP definiu que iria aumentar a taxa de penetração no mercado do gás natural regulado. No que toca ao mercado liberalizado, a empresa decidiu que iria negociar novos contratos de fornecimento de gás com preços atractivos e parâmetros flexíveis. A rede de gás natural, que tinha 7.234 quilómetros em 2005 foi aumentada em mais 1.800 quilómetros – meta definida para 2010.
4 - Mais energia no Brasil
A capacidade de produção de electricidade da Energias do Brasil, que rondava os 531 megawatts em 2005, foi aumentada em 1.020 megawatts, triplicando a capacidade instalada da empresa. A EDP definiu que iria aumentar a capacidade instalada de geração de electricidade através de centrais já em funcionamento, mini-hídricas e através de outras oportunidades de mercado, como o carvão e o gás.