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O Banco Central Europeu deve descer a taxa para 3,25%. O objectivo é combater a crise.
Pedro Romano
O Banco Central Europeu (BCE) deverá dar hoje mais um passo para estimular a economia da zona euro, cortando 50 pontos base à taxa de juro, que deverá ficar nos 3,25%.
Mas, para além do anúncio da descida, a reunião de hoje da autoridade monetária europeia deve servir ainda para o presidente Jean-Claude Trichet abrir caminho a mais cortes nos próximos meses. Com a inflação a abrandar e a ameaça de recessão cada vez mais real, a questão é apenas até onde poderá o BCE ir em 2009. Segundo os analistas contactados pelo Diário Económico, 2% é o limite.
“Sim, o BCE vai descer os juros até aos 3,75% e vai continuar a fazê-lo em 2009”, confirma ao Diário Económico o economista-chefe da Centre for European Reform, Simon Tilford. “Entre Janeiro e Fevereiro”, diz ainda, os juros podem descer “até 1%, chegando até aos 2,75%” e mantendo-se nesse patamar durante o resto do ano. “Eventualmente, os juros podem chegar aos 2,5%, mas o BCE não irá muito mais longe que isso”, conclui o analista.
O BPI é ainda mais arrojado nas previsões, apontando para uma descida até aos 2%, em 2009. Um corte radical que a analista do banco Teresa Gil Pinheiro justifica com o abrandamento da inflação, principalmente ao nível do preço das matérias-primas. E o próximo corte pode mesmo ser já em Dezembro, o que deixaria a taxa de referência em 2,75% ainda antes do final do ano. “Pensamos que o BCE tem margem para ir até aos 2%, com o movimento se descida dos juros a ser relativamente rápido”, conclui.
Um cenário que o economista-chefe do Finibanco, João Fernandes, confirma. Contudo, lembra, “o BCE actua de forma gradual”, pelo que os cortes nos juros deverão ser relativamente espaçados, não se esperando uma ruptura abrupta com o historial de austeridade. “O BCE tem espaço para essa descida [até aos 2%] mas ela não será tão rápida quanto isso”, diz.
O comportamento do BCE será, de resto, ditado pelo cenário macroeconómico – que, neste momento, permanece muito incerto, até para um horizonte temporal curto. As projecções mais recentes apontam para que o aumento dos preços na zona euro fique abaixo dos 2% em 2009, mas um recrudescimento das tensões inflacionistas pode apertar ainda mais a margem de manobra do BCE. E a verdade é que Jürgen Stark, membro do banco, disse esta semana que a autoridade está disposta a usar todos os instrumentos ao seu dispor para estimular a economia, mas apenas “na medida em que o mandato para conter a inflação assim o permita”. Simon Tilford deixa o recado: “O BCE presta muita atenção à inflação e não é previsível que a esqueça”.
Euribor soma 19 sessões consecutivas de descidas
Desde os máximos históricos de 9 de Outubro, que as taxas Euribor registam consecutivas sessões de quedas. Nesse espaço de tempo, a Euribor a seis meses – o indexante utilizado na maioria dos créditos à habitação em Portugal – já perdeu quase 75 pontos base, cotando actualmente nos 4,716%. Trata-se do valor mais baixo desta taxa desde Março de 2008. Nos restantes prazos, as taxas também estão em mínimos. A Euribor a três meses situa-se nos 4,663%, enquanto que a Euribor a 12 meses se fixou nos 4,764%. Apesar das fortes correcções, as Euribor continuam a negociar longe dos valores da taxa de referência do Banco Central Europeu (3,75%). No entanto, espera-se que a entidade monetária europeia baixe hoje esta taxa para 3,25%.
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