BOLSA REGISTA MAIOR QUEDA DE SEMPRE PSI-20 cai quase 10%
PSI-20 cai quase 10% para mínimos de 2004
BOLSA REGISTA MAIOR QUEDA DE SEMPRE (act)
As bolsas mundiais voltaram a viver uma segunda-feira negra, à qual Lisboa não escapou. O índice PSI-20 registou mesmo a maior queda percentual desde a sua criação, em 1993, ao afundar 9,86% para mínimos de Agosto de 2004, abaixo dos 7 mil pontos. Entre as acções mais castigadas, destaque para a descida de 16,44% da EDP e 13,07% da Galp. 15 acções do PSI-20 desceram mais de 6%. 20 cotadas atingiram mínimos do ano.
Nuno Carregueiro
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As bolsas mundiais voltaram a viver uma segunda-feira negra, à qual Lisboa não escapou. O índice PSI-20 registou mesmo a maior queda percentual desde a sua criação, em 1993, ao afundar 9,86% para mínimos de Agosto de 2004, abaixo dos 7 mil pontos. Entre as acções mais castigadas, destaque para a descida de 16,44% da EDP e 13,07% da Galp. 15 acções do PSI-20 desceram mais de 6%. 20 cotadas atingiram mínimos do ano.
O PSI-20 fechou o dia nos 6.954,87 pontos, com as 20 cotadas do índice em queda. Esta foi a maior desvalorização percentual diária do índice principal da bolsa de Lisboa desde a sua criação em 1993. Superou mesmo a queda de 9,14% sofrida no “crash” de 1 de Outubro de 1998, na altura da crise asiática.
Na Europa, as perdas oscilaram entre os mais de 5% de Madrid e os perto de 10% de Paris e Amesterdão. Os mercados accionistas em todo o mundo sofreram perdas acentuadas, devido ao acentuar da crise financeira, numa altura em que são cada vez maiores os receios de virem a ocorrer mais falências no sistema financeiro, em especial no “velho continente”, depois do Fortis, Dexia e do Hypo Real Estate.
As medidas anunciadas pelos governos europeus, a garantirem os depósitos dos cidadãos e a anunciarem que estão preparados para salvar mais bancos, não serviram para acalmar o nervosismo dos investidores. Além disso, persistem os temores de recessão, na Zona Euro, EUA e mesmo a nível mundial.
Na praça portuguesa nenhuma cotada escapou ao sentimento negativo dos investidores. No Eurolist foram 20 as cotadas a fixarem hoje mínimos de pelo menos 52 semanas.
Mais de metade dos títulos do PSI-20 apresentou quedas superiores 7%. 15 caíram mais de 6% e a menor queda entre as acções do índice foi protagonizada pela Portucel, que cedeu 3,54%.
A Galp Energia sofreu a segunda perda mais acentuada, com uma desvalorização de 13,07% para 9,445 euros, com a companhia a ser penalizada também pela descida do preço do petróleo, que atingiu o valor mais baixo desde Fevereiro. Em Londres o Brent cai mais de 4% para 86,60 dólares.
O sector energético foi dos mais penalizados, com a EDP a ceder 16,44% para 2,256 euros, a Renováveis a cair 12,09% para 4,668 euros e a REN a baixar 5,5% para 2,56 euros.
Devido ao tumulto que atravessa, o sector financeiro foi também dos mais penalizados. O Banco Comercial Português caiu 7,26% para 1,048 euros, o Banco Espírito Santo cedeu 9,14% para 8 euros e o Banco BPI baixou 7,76% para 1,96 euros.
Também com perdas avultadas acima de 10%, a Jerónimo Martins caiu 12,65% para 4,701 euros, a Brisa baixou 12,08% para 5,803 euros e a Altri perdeu 12,03% para 1,865 euros.
Entre todos os títulos do Eurolist da Euronext, quatro conseguiram fechar em alta: Porto SAD, Soares da Costa, Benfica e Reditus.
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