a experiência das Turtles mostra que é possivel passar um método com sucesso aos mais variados tipos de pessoas. ou seja, para se ter sucesso na bolsa não é preciso ter um dom.
o mais diferenciador é a componente psicológica e emotiva. o QE, se quiserem chamar assim.
esse é um dos problemas com os sistemas automáticos. muitas vezes o problema está em quem os usa pois não consegue suportar as inevitáveis fases de perda do sistema e seguir escrupulosamente os sinais dados.
quando falamos de trading falamos de especulação e não de investimento. falamos de aproveitar movimentos sem que seja necessário compreender o real valor do activo, se é que isso seja possível, e sem termos sentimentos em relação ao activo - é apenas papel. portanto, AT torna-se muito importante no trading pois permite-nos olhar para o preço, quantificá-lo e construir regras de actuação.
o problema é que a AT não é uma ciência exacta. o seu uso envolve também "arte" e experiência na construção de um método. as variantes do movimento do preço são ilimitadas bem como as construções técnicas que podem ser feitas.
e no meio do processo de aprendizagem e uso da AT surgem interferências por parte da componente psicológica e emotiva que demoram a ser identificadas e controladas. é também por isso que a vertente de AT sob a forma de sistemas automáticos de trading tem sido muito procurada ao longo dos anos por forma a eliminar as interferências das emoções.
contudo, e para complicar ainda mais o esquema - quem disse que a bolsa era fácil?
-, as emoções podem ser uma vantagem quando comprendidas e controladas pois traduzem a actuação do nosso pensamento subsconsciente que está atento a pormenores do movimento do preço que escapam a uma análise racional e lógica.
quando se fala de intuição - do ponto de vista construtivo - fala-se disto, da capacidade de olhar para um gráfico ou para a "tape" e pressentir uma oportunidade. um processo que não tem nada de esotérico nem mágico mas que não bem compreendido nem fácil de "sistematizar" dada a dificuldade de distinguir de uma emoção puramente baseada no medo/ganância/esperança.