Resumo
Segundo Marques Mendes no seu habitual comentário de sábado na SIC
“Na segunda-feira, na prática, nasce um novo banco, com o mesmo nome e estrutura acionista completamente diferente onde estará tudo aquilo que são ativos bons e de fora fica tudo o que é lixo.”
O único acionista do BES será o Fundo de Resolução, uma entidade jurídica criada há um ano e meio que “é abastecida” pelos bancos que existem no país.
Os acionistas atuais desaparecem do novo BES e passam para o “banco mau”, com uma “forte penalização”. “Se há lucros, os acionistas do banco ganham com isso, se há prejuízos devem ser os primeiros a pagar a fatura”, disse.
Segundo a informação de Marques Mendes, o banco vai aumentar o seu capital entre 4 e 5 mil milhões de euros, que vêm do Fundo de Resolução e não diretamente do Estado.
A linha de financiamento que foi criada pela troika, que está no Estado com 6,4 mil milhões, vai emprestar ao Fundo de Resolução, dinheiro que depois é pago quando o banco for vendido — daqui a seis meses no máximo, disse. Se o banco não for vendido ao preço do empréstimo, será encontrada outra solução. O comentador sublinhou que o dinheiro da troika vai para o Fundo e não diretamente para o BES.
A intenção é que isto seja uma solução transitória, cujo objetivo é que que nos próximos seis meses o banco “fique sem lixo”, e que depois seja feita uma Oferta Pública Inicial (IPO), quando as ações são vendidas em bolsa pela primeira vez. Marques Mendes avançou que o BES deixará de estar na bolsa e que, “segundo o que ouviu dizer”, existem já dois bancos europeus interessados no BES, que podem entrar na altura do IPO.