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Velho 09-01-2009, 12:26
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Por Defeito Está aí a recessão...

Está aí a recessão oficial. Embora já estivéssemos em recessão em 2008, ainda tínhamos alguma esperança que alguém se tivesse enganado nas contas e afinal Portugal poderia escapar à mais grave crise económica/financeira dos últimos anos.

Tal facto não aconteceu e há 2 dias José Sócrates começa a preparar os portugueses para o pior, na sua entrevista à SIC, onde antes de saírem os relatórios oficiais, já ele ia explicando aos portugueses a realidade que vamos viver os próximos 2 anos. Mais um favor que o Governador do Banco de Portugal lhe fez, ao permitir que o nosso PM antecipasse o anúncio oficial da recessão.

De facto, o Banco de Portugal vem confirmar ontem que efectivamente, a recessão oficial está aí, já é oficial apertarmos o cinto e ou muito me engano ou vamos começar a sentir na pele muito brevemente os efeitos da crise.

Até agora, uns dos piores efeitos que temos sentido tem sido apenas o efeito psicológico, que nos permite ficar atentos e pensarmos 2 vezes nos passos que damos. A partir de agora sentiremos, no nosso dia a dia, os efeitos directos. Ou seja, vamos ter um país onde vão começar a faltar géneros de primeira necessidade, medicamentos, apoio social, focos de vandalismo, aumento da criminalidade, greves generalizadas, falta de cumprimentos, mais acções em tribunal, mais emigração, perca de investimento directo, mais desemprego e um sem número de efeitos que demoraremos muitos anos a aplacados e a voltar a endireitar Portugal.

O Governo sente-se incapaz de combater esta crise e a oposição não dá margem de manobra. O apelo para a conjugação de esforços e a união entre os vários poderes, do Presidente da República não surtiu efeito, talvez porque após esse apelo, Cavaco Silva foi o primeiro a dar o exemplo negativo aos parceiros com a querela do estatuto dos Açores. O país está preparado para eleições antecipadas. Cavaco Silva não o faz, apenas porque estamos a pouco mais de 10 meses das eleições legislativas e mudar o timoneiro a meio da crise, seria porventura um erro crasso.

Ora quem pode continuar a injectar a economia de liquidez e a criar algumas bolhas de oxigénio são precisamente os bancos. Os bancos que viram as costas forradas pelas ajudas dadas pelo governo, que viram o acesso ao crédito mais barato e mais fácil, pela garantia do estado. São essas instituições que têm a obrigação de continuar a injectar na economia liquidez (pois já a têm), permitindo às empresas alguma margem de manobra na sua gestão de tesouraria.

Não se salva nem socorre a banca em massa, como o fez o Governo, se daí não advier garantias reais de que a banca irá continuar a apoiar a economia. Existem sinais claro de que o acesso ao crédito está mais difícil e determinados sectores da sociedade, considerados de risco, já estão mesmo no “livro negro da banca”. Se de facto a banca está a enveredar pelo caminho mais fácil, que é o de fugir às suas responsabilidades nesta crise e enterrar a cabeça na areia, iremos ter então um aprofundar da crise no país. Todos os cenários negativistas apontados e projectados serão minimalistas, ao que se nos espera. A falência financeira a curto prazo de uma parte do tecido empresarial português.

Talvez esteja na altura de privatizar os tribunais, pois de facto essa será uma área de excelente investimento para a nossa classe de empresários falidos. Advogados, solicitadores, agentes de cobrança e ginásios (este último como parte do curso de agente de cobranças difíceis) vão ser as áreas por excelência do nosso país.

Talvez se deva investir também na construção de novos blocos prisionais e um reforço da equipa dos agentes da autoridade. Portugal será com certeza um país a saque, com uma economia destruída, com um grupo de empresários e políticos coesos e formando um bloco fechado, por um lado e com mais de 90% do país de tanga por outro. Não sei porquê, mas isto lembra-me Cuba. Lá chegaremos neste rumo.

Esta é uma das possíveis visões do nosso futuro, se nada for feito. Se continuarmos no rumo traçado, se não se tomarem medidas extraordinárias, se não admitirmos que teremos de sacrificar uma parte do nosso crescimento e investimento em função da salvaguarda dos pilares básicos da nossa economia.

Nem a União nos salvará, pois nenhum país injectará mais um cêntimo em Portugal enquanto tiverem que o fazer nos seus próprios países. O quadro comunitário de apoio até 2013 estará também em risco de ter dotação orçamental e não se sabe se à luz da crise, a União não irá começar a dificultar o envio das tranches de apoio aos projectos de investimento.

Na entrevista de José Sócrates, ressalva-mos um ponto que consideramos positivo. O investimento público. O que é preocupante é que mais de 80% desse investimento público está já assimilado pelos grandes grupos empresariais, tais como Somague, Brisa, etc. Embora a assimilação pelos grandes grupos seja também sinónimo de muitas subempreitadas, de fora destas medidas de investimento público, ficam de certeza mais de 90% das nossas empresas. O Governo já está consciente de que a opinião pública já se apercebeu deste facto e espero que reaprecie o seu plano de investimento público e aproxime mais as PMEs dessas verbas que de certeza irão ajudar em muito a manutenção de milhares de empregos, ao longo do país.

Mais investimento em formação, em novas tecnologias, em novos mercados, diversificação da carteira de produtos, contenção de gastos nas áreas menos estruturais, reestruturação da divida a curto e médio prazo em longo prazo, investimento em ferramentas mais produtivas e mais rentáveis, criação de pequenas cooperativas para reduzir custos de exploração, centros de compras conjuntos por sector, são apenas algumas directivas que os nossos empresários têm de adoptar para sobreviverem, entre muitas outras.

Mais do que nunca, o país precisa de um Governo de unidade nacional, apartidário e isento de interesses ou lobbies. Se a sociedade enviar um forte sinal aos órgãos que nos tutelam, de insatisfação e de pedido de medidas draconianas, acredito que passaremos por esta crise mais preparados e mais fortes.

Espero que haja decência governativa e coragem por parte dos nossos políticos para fazerem aquilo para que são eleitos e pagos. A defesa ao direito à nossa sobrevivência e à dignidade que cada homem e mulher merece.

José Vieira - Director do Jornal do Crédito
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Velho 09-01-2009, 20:19
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Concordo plenamente, isto está a ir de mal a pior, e os bancos não estão a fazer o que deviam.

Tentam-se salvar os bancos, e injectar capital no sistema, os bancos ficam com o capital, e o povo continua na mesma. Acho mal instituições receberem as ajudas que deram graças por terem recebido de nós todos contribuintes sob a forma de apoios do Estado, e agora se sentirem já firmes e resistentes a tudo, e voltarem a ignorar por completo o estado da sociedade, e especialmente do zé povinho de que eles tanto dependem e parecem não se querer recordar.

Gostaria de saber como se safarão os bancos quando as pessoas de quem eles mais dependem, todos os que contribuiram empréstimos (e não só), estiverem mal. Quero saber como se safarão quando as pessoas deixarem de pagar empréstimos em massa, com aumentos de desemprego, falências, com falta de depósitos, e em alturas que nem o dinheiro do Estado lhes poderá ajudar, até porque esse dinheiro já nem poderá valer de muito...

São tempos que todos se sentem aflitos, e que alguns tanto pediram por ajuda (os Bancos), e que agora a tiveram e "fogem com o rabo à seringa" (como se costuma dizer), fogem às responsabilidades e tentam salvar-se deixando o resto afundar, na esperança que a crise passe rápido e eles sobrevivam a ela apesar de haver tantas famílias que fiquem pior. Claro que o tiro lhes poderá sair pela culatra e poderão sair bem mais afectados do que imaginam.

Mas é pena o povo ir pagar caro as ajudas dadas aos Bancos, e não retirar de lá qualquer proveito. Resultado, famílias continuarão mal, e irão pagar caro durante vários anos as ajudas que foram dadas aos bancos que não nos serviram de nada.

Devia um dia existir uma espécie de revolução em massa, mas desta vez não uma "revolução dos cravos", mas sim uma "revolução dos empréstimos", todas as famílias em massa faltarem a 1, 2, ou mesmo todos os meses de prestações e afundar os bancos de vez. Afinal andamos a salvar bancos para quê? E se a crise se intensificar mesmo, acho que seria essa uma revolução que ficaria para a História e um verdadeiro exemplo a dar ao mundo. Os bancos vão fazer o quê para evitar as falências em massa? Mover milhões de processos a tribunal? Não me parece... Talvez daqui a 1.000 anos os processos já tivessem hora marcada com a rapidez dos nossos tribunais.

Sinceramente não percebo porque se salva tudo o que é bancos, para lhes continuarmos a estar a alimentar os seus "vícios", e deixá-los enriquecer à custa do povo, e salvar aqueles que são menos eficientes. Os bancos que não sejam eficientes, quer seja por corrupção ou outros motivos, deviam pura e simplesmente falir e dar lugar a bancos mais seguros e eficazes, e ponto final, se tiverem de falir 9 em 10, que vão à falência, o rombo será grande, mas o país será reforçado depois e os bancos futuros terão uma lição para estudar, em vez de ficarem a pensar "podemos ir longe que se der para o torto o Estado nos ajuda".

Quanto aos tribunais concordo plenamente, eu quando defendo uma sociedade entre a Minarquia (não Anarquia) e a Democracia, uma das coisas que defendo seria a existência em maior número daquilo que já temos, tribunais arbitrários, que possam resolver problemas sem estarem dependentes da ineficiência da enferrujada máquina do Estado e Função Pública que temos, e quanto aos políticos nem se fala, nem sei porque temos tanto deputado... Tribunais arbritrários, auditados, e consoante uma Lei única, e pagos por todos, em vez da vergonha que a nossa Justiça é.

E quanto aos bancos? Sinceramente a ideia da "Revolução dos Empréstimos" ficaria linda nas páginas da nossa História, mostrávamos ao menos que ainda somos um povo que não é para brincadeiras.
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Velho 12-01-2009, 13:41
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O "jogo" está todo viciado. Na minha opinião não há volta a dar, não quero ser pessimista, mas não há. Seja governos, bancos, empresários etc, o próprio sistema está mal. Quando havia dinheiro as coisas íam andando, agora que ele está a faltar..... vamos todos para o buraco. Não se esqueçam que isto ainda está a começar e está tudo á espera de um milagre. Acho que nem o Obama e toda aquela "esperança" que estão a meter nele, vai salvar isto. Lembram-se o que o George Soros disse o ano passado?


Abraços
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Velho 13-01-2009, 02:01
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Criado Inicialmente por shaka Ver Mensagem
O "jogo" está todo viciado. Na minha opinião não há volta a dar, não quero ser pessimista, mas não há. Seja governos, bancos, empresários etc, o próprio sistema está mal. Quando havia dinheiro as coisas íam andando, agora que ele está a faltar..... vamos todos para o buraco. Não se esqueçam que isto ainda está a começar e está tudo á espera de um milagre. Acho que nem o Obama e toda aquela "esperança" que estão a meter nele, vai salvar isto. Lembram-se o que o George Soros disse o ano passado?


Abraços
Os políticos estão todos à espera que isto melhore um pouco para que se possa de novo alimentar a bolha o suficiente para acabarem os mandatos, a Banca à espera que se volte a alimentar a bolha na esperança que dure mais umas décadas, e o povo está-se nas tintas, os que perderam emprego rezam, os que ainda não perderam pensam que só acontece aos outros.

É assim a vida de formigueiro.
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