A Companhia Siderúrgica Nacional é uma empresa Brasileira que opera na indústria do ferro e do aço. Depois de uma subida superior a 8000% entre 2002 e 2006 vive hoje tempos conturbados, com uma queda acumulada que ronda os 90%. O recente abrandamento da economia mundial fez-se sentir com especial impacto nesta empresa que depende directamente de dois sectores em particular recessão: a construção e a indústria automóvel. Isso tem-se feito notar nas suas contas e o mercado não perdoa.
O gráfico, como não poderia deixar de ser, tem reflectido esse momentum negativo e não está de facto com um aspecto famoso. Fui ao histórico do blogue ler uma análise que lhe tinha feito em 2009, altura em que as coisas estavam prestes a ficar complicadas devido a um monumental H&S que estava próximo da activação e acabei por detectar algo interessante. Após a quebra da neckline as quedas acentuaram-se e a grande inversão dessa tendência de baixa aconteceu suportada por um reversal H&S. Mais tarde, em 2011, foi a activação de um H&S que provocou a sangria a que hoje assistimos! Curiosamente a empresa tinha começado um ciclo de subida em 2000 suportado por um reversal H&S, terminou-o com um H&S e iniciou novo ciclo suportada por mais um reversal H&S... Serei o único a notar aqui um padrão?
Quero com isto dizer que não me espantaria ver uma nova fase bullish despoletada por um reversal H&S. Pelo contrário, dado o comportamento passado espantar-me-ia vê-la inverter de outra forma! E boas notícias parecem estar a querer surgir! Apesar de não se poder falar ainda numa inversão de ciclo, nem nada que se pareça, um H&S de inversão poderá estar prestes a activar-se. Modesto, com projecção de 25%, mas a confirmar-se poderá muito bem representar o ponto de ignição para novo ciclo ascendente.
A perspectiva futura desta empresa parece-me bastante animadora. Apesar de uma entrada longa neste momento (antes de uma quebra em alta da eventual neckline) se poder revelar precipitada, se a inversão técnica for consumada e se acreditarmos numa recuperação dos BRIC, e considerando o brutal potencial de crescimento do continente Africano, este será um sector com enorme margem de crescimento. Muitos "ses", é certo, mas a SID parece ser bem gerida e este período de contenção financeira tem sido aproveitado para cortar despesas e melhorar processos. Isto faz-me acreditar que, se tivermos disponibilidade para esperar alguns anos e paciência para entrar no momento certo, a SID tem tudo para ser uma grande aposta de longo prazo.
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