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Velho 17-07-2008, 01:48
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Por Defeito Bancos portugueses são dos menos saudáveis da Europa

Bancos portugueses são dos menos saudáveis da Europa
Num ‘ranking’ com 62 bancos europeus, BCP, BPI e BES surgem entre as instituições com rácios de capital mais baixos.

Pedro Latoeiro e Maria Ana Barroso com Marta Reis

BCP, BES e BPI são dos bancos com rácios de capital mais baixos da Europa, de acordo com um ‘ranking’ elaborado pela Bloomberg que reúne 62 instituições financeiras.

Historicamente os bancos portugueses apresentam rácios de capital inferiores à média europeia. O problema é que, com a crise do ‘subprime’, as bases de capital do BCP e do BPI caíram abaixo dos níveis aconselhados pelo Banco de Portugal (BdP). O regulador recomenda que o ‘core tier I’, um dos indicadores mais utilizados para avaliar a saúde financeira de um banco, deva estar acima dos 5% e, no final do primeiro trimestre de 2008, o BCP e o BPI tinham este rácio nos 4% e 4,3%, respectivamente. Os dois bancos viram-se obrigados a pedir dinheiro aos seus accionistas mas, com a queda de 39% da bolsa portuguesa este ano, o mercado começou a questionar se estes aumentos de capital serão suficientes para manter o BPI e o BCP em níveis confortáveis.

“Não é o cenário mais provável no curto prazo, mas também não se pode excluir a hipótese de novos aumentos de capital no futuro”, adiantou um analista.

Um dos problemas em cima da mesa é o das participações cruzadas entre os bancos. O BPI optou por reduzir para menos de metade a sua posição no BCP, mas Santos Ferreira ainda não terá mexido nos 10% que detém no rival e, este ano, os dois bancos já perderam mais de metade do seu valor de mercado.

Foi neste contexto que o governador do BdP, Vítor Constâncio, veio dizer esta semana que, a manter-se a crise nas bolsas, serão necessários novos “aumentos de capital”, sem se referir especificamente a nenhuma instituição.

Fonte da banca contactada pelo Diário Económico considera que “o governador está a falar para o BPI e para o BCP, uma vez que estes dois bancos continuam a perder muito dinheiro nas participações cruzadas e os últimos rácios de capital conhecidos não reflectem estas perdas na totalidade. Estou certo de os níveis de capital do BCP e do BPI não estão onde o BdP gostaria que estivessem”.

Os dois bancos apresentam resultados semestrais na próxima semana e, nessa altura, o mercado ficará a conhecer os rácios de capital das instituições. Quem já disse ser “prudente” aumentar o seu capital é a Caixa Geral de Depósitos. “Até ao final do ano é provável que isso aconteça” revelou recentemente Faria de Oliveira, sem avançar o valor da operação.


Reforço de capital na CGD
A CGD viu o seu rácio de capital degradar-se em 40 pontos base entre 2006 e 2007, o que levou o banco estatal a fazer um aumento de capital em Dezembro do ano passado. Este ano, a CGD deverá reforçar novamente os capitais, para fazer face às perdas latentes e atingir os objectivos estratégicos. Tal foi admitido pelo presidente do banco, Faria de Oliveira, que considerou “prudente” aumentar o capital ainda este ano.

BCP com injecção recorde
Com o impacto do aumento de capital realizado este ano, o ‘core tier 1’ do BCP seria no final de Março de 6,2%. Quem o disse foi o presidente do banco, Santos Ferreira, na apresentação dos resultados. Sem o maior aumento de capital de sempre BCP, o rácio estava em final de Março nos 4%, abaixo dos 5% recomendados pelo Banco de Portugal. Resta saber como o rácio ficará no segundo trimestre. Se resistiu à turbulência no sector.

BES está mais confortável
O BES é dos quatro bancos o que tem a situação de capital mais confortável. O banco não fez aquisições relevantes em termos de investimento, não tem posições nos capitais de BCP e BPI e, no sector financeiro internacional, a participação no Bradesco só tem dado alegrias. Além disso, fruto do rácio de 4,5% que tinha em 2005, o banco fez um aumento de capital em 2006. Um passo que hoje assume um papel fundamental.

BPI reforça com 300 milhões
O BPI foi, a par com o BCP, outro banco que recorreu este ano a um aumento de capital para reforçar os rácios de solvabilidade. O ‘core tier 1’ estava em 4,3% no final do primeiro trimestre e objectivo era que, depois do aumento, ficasse nos 5,5%. O reforço foi de 300 milhões de euros. Será que o rácio de capital resistiu à queda dos mercados? Ou será que o banco liderado por Fernando Ulrich poderá ter de fazer um novo reforço dos capitais?


Indicadores

- O rácio ‘core tier I’ é um dos indicadores mais utilizados pelo mercado para avaliar a saúde financeira de um banco.

- Quanto mais elevado é este rácio, maior a estabilidade financeira da instituição e menor é a necessidade de fundos próprios.

- Historicamente, os bancos portugueses apresentam um ‘core tier I’ mais baixo que a média europeia mas, em 2008, este indicador caiu abaixo dos 5% recomendados pelo Banco de Portugal.

- No final do primeiro trimestre de 2008, o BCP tinha um ‘core tier I’ de 4% e o BPI de 4,3%, valores que levaram os dois bancos a aumentar o seu capital.

- Os ‘core tier I’ dos dois bancos serão conhecidos na próxima semana quando forem divulgados os resultados semestrais.

Fonte DE
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Velho 17-07-2008, 04:30
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Por acaso acho graça a certos fenómenos, a certos tipos de bolhas especulativas, criação de riquezas virtuais, financiadas por bancos e outras coisas. No ano passado os bancos estavam de óptima saúde, tudo bem, e este ano de repente está tudo com medo

É a tal história das bolhas financiadas por bancos que quando rebentam o capital dos mesmos desaparece.

O pessoal pensa numa dada empresa, ou até mesmo numa dada pessoa, dizendo que é das mais ricas de um país etc, e quando os seus activos começam a perder o valor que tinham ganho de forma desmesurada face ao seu valor real anteriormente, deixam de ser os mais ricos, os bancos deixam de estar bem, as pessoas começam a deixar de conseguir pagar o que pagavam baseados na confiança que as suas riquezas virtuais lhes davam.

Eu tenho sempre em mente que qualquer empresa, qualquer banco, qualquer pessoa que seja, por muito dinheiro que pareça ter, pode ficar sem nada de um momento para o outro. E nem é preciso existir uma guerra para isso acontecer.

No caso destes bancos já se esperava que começassem a ceder mas duvido que fiquem de rastos, acho que isto tudo melhorará.

Agora quero ver de onde virá dinheiro nos aumentos de capital.
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Velho 17-07-2008, 07:14
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Já que se fala na saude bancária e vemos exemplos de bancos a falir ou em que o governo os agarra, 2 questões.

Estaremos a voltar ao ciclo das nacionalizações?


Até que ponto o nosso dinheiro está protegido?
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  #4  
Velho 17-07-2008, 09:39
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Criado Inicialmente por carlluchi Ver Mensagem
Já que se fala na saude bancária e vemos exemplos de bancos a falir ou em que o governo os agarra, 2 questões.

Estaremos a voltar ao ciclo das nacionalizações?


Até que ponto o nosso dinheiro está protegido?
É engraçado pensar nessa questão, eu diria que os bancos cá em Portugal não faliriam porque o Estado tomaria conta deles (será?) e daí o dinheiro não se perder, mas no fundo há sempre esse risco quando se coloca dinheiro num banco, no fundo ganhamos juros devido aos empréstimos que o banco faz a terceiros etc, sabemos que o dinheiro está em jogo, se um banco começar a agir mal e não saber tomar conta de si, exagerar nos empréstimos que dá etc, e acabar por falir, já estamos preparados para perder o dinheiro.

Mas como acho que o Estado pegaria nos bancos sempre.

«O Banco IndyMac teve sua falência decretada na última sexta-feira (11) pelo governo dos Estados Unidos. A decisão foi tomada depois que milhares de correntistas sacaram mais de US$ 1 bilhão dos cofres da instituição. O IndyMac, que tem sede na Califórnia, é o nono no ranking de financiamento imobiliário nos Estados Unidos. O governo promete reabrir as agências na próxima segunda-feira (14).

Essa é a maior instituição financeira norte-americana que faliu desde o início da crise das hipotecas nos Estados Unidos. A maior preocupação recai agora sobre os gigantes do setor de financiamento imobiliário, o FannieMae e o Freddie Mac, que detêm, juntos, cerca de US$ 5 trilhões em hipotecas. A falência de uma dessas instituições geraria uma crise sem precedentes na história daquele País.

O medo que isso aconteça já apresentou reflexos em Wall Street nessa semana e o presidente George Bush foi obrigado a anunciar planos para garantir os depósitos das duas instituições, podendo até intervir na sua gestão.

Fonte: Portal G1»

Mas de qualquer das formas eu prefiro sempre que o dinheiro esteja em bancos diferentes, países diferentes, e aplicado em coisas materiais também.

Afinal se vier uma guerra, o dinheiro perde o valor, as terras não A não ser que fiquem radioactivas lol
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