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Como alguns já me têm perguntado, deixo aqui um tópico que pode ser útil a quem seja novo nestas andanças explicado de forma simples pelo DE:
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Tudo o que quer saber sobre ‘subprime’
O que é, que consequências terá, como surgiu o empréstimo de alto risco e de baixa qualidade. Em Portugal este tipo de crédito está associado às empresas de crédito ao consumo por telefone.
Paula Carvina de Sousa
Nos últimos dias, o conceito de ‘subprime’ entrou na realidade nacional. Mas o que é, afinal, o ‘subprime’? Portugal está em risco de contágio? Saiba todas as respostas às suas dúvidas.
1. O que é o ‘subprime’?
É um crédito à habitação de alto risco que se destina a uma fatia da população com rendimentos mais baixos e uma situação económica mais instável. A única garantia exigida nestes empréstimos é o imóvel. Este segmento do mercado de crédito é exclusivo dos Estados Unidos, não havendo na Europa um paralelismo exacto.
2. Há ‘subprime’ em Portugal?
O ‘subprime’ em Portugal está associado ao crédito ao consumo. As empresas de crédito por telefone, como por um exemplo, a Mediatis, Cofidis ou a Credial, compram o dinheiro ao banco central a baixo custo, com uma taxa de juro na ordem dos 4% e concedem empréstimos quase a 30%. A situação torna-se mais preocupante pelo facto de Portugal ter um dos níveis de endividamento mais elevados da Europa e o peso dos créditos vencidos ou de cobrança duvidosa, no total de empréstimos bancários, continua a subir. No ramo da habitação, o Banco de Portugal afirma que o endividamento não é um problema significativo porque está garantido pelo património dos particulares. Mas se os bancos tomassem para si essas garantias, a oferta de casas seria enorme, pelo que o seu preço teria de baixar.
3. Como surgiu o ‘subprime’?
O ‘subprime’ surgiu quando a Reserva Federal norte-americana (Fed) começou a baixar as taxas de juro para estimular o mercado imobiliário com o intuito de controlar os efeitos dos ataques terroristas do 11 de Setembro nos mercados de tecnologias. Mas em 2003, a criação de emprego e o investimento empresarial estavam em níveis baixos e a taxa de juro descia para 1%. Simultaneamente, as várias instituições bancárias deixaram de ser tão exigentes nas condições requeridas para conceder créditos. Quando a Fed começou a subir de novo os juros o problema estalou. Com juros mais altos acompanhados pela queda dos preços das casas, as famílias ficaram sem capacidade para saldar as suas dívidas.
4. Como se dá o contágio para a Europa?
Como os mercados estão interligados e há bancos e fundos europeus com investimentos em produtos das instituições norte-americanas que operam no segmento ‘subprime’, a crise de liquidez atingiu também a Europa.
5. Como funciona a injecção de capital do BCE?
Os bancos solicitam ao BCE o empréstimo de determinado montante para fazer face às necessidades de liquidez. O BCE analisa a gravidade da situação e, em caso positivo, faz o empréstimo com uma taxa de juro baixa, que se situa normalmente um pouco acima da taxa directora. O BCE admitiu que a injecção de capital tem o objectivo de assegurar as condições normais dos mercados, onde se sentem “tensões” na oferta de liquidez da zona euro.
6. A crise é passageira?
Se o problema for apenas de liquidez, a crise poderá acabar apenas através da injecção de capital do BCE. No entanto, isto depende do grau de exposição dos bancos ao mercado norte-americano. Se a falta de confiança se alastrar ao resto dos mercados de crédito, as consequências poderão adquirir uma dimensão muito gravosa.
7. O crescimento económico mundial está ameaçado?
Se muitos bancos optarem por congelar activos isso é uma prova de que a gravidade do problema é superior ao inicialmente esperado. Os problemas do sistema financeiro acabariam por se reflectir na economia e os bancos centrais poderiam ser confrontados com a necessidade de restringir as condições de concessão de crédito. Famílias e empresas seriam afectadas com consequente quebra do consumo e do investimento.
8. Como é que Portugal foi afectado?
A crise no mercado hipotecário dos EUA levou a que, em Portugal, o BNP Paribas suspendesse três dos seus fundos expostos ao segmento de ‘subprime’. Assim a cotação dos fundos Parvest Dynamic ABS, BNP Paribas ABS Euribor e BNP Paribas ABS Eoniapor está congelada. Estes fundos são distribuídos pelo Banco Best, Barclays, ActivoBank 7 e Banco BIG. Mas estas instituições não revelaram ainda quantos clientes foram afectados. No entanto, a 31 de Junho deste ano, o Parvest Dynamic ABS tinha em Portugal 207 clientes com uma subscrição de 736,7 mil euros. Os bancos nacionais afirmam, no entanto, que a crise vai passar ao largo de Portugal. A CGD afirma que “tem alguma exposição nos mercados internacionais de crédito, mas os limites de controlo de risco são prudentes. Por sua vez, o BPI não espera problemas muitos graves em Portugal devido a esta crise.
9. Porque se afundam as bolsas europeias?
Os mercados encerraram em baixa acentuada na passada sexta-feira, porque os investidores começam fugir das bolsas vendendo as acções de forma maciça pois temem o surgimento de novos sintomas que ponham em causa o funcionamento do sistema financeiro global. Naturalmente as acções dos bancos são as mais castigadas.
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