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Plano salvou seis mil empregos
O Primeiro-ministro, José Sócrates, sustentou esta sexta-feira a que o plano para o sector automóvel terá permitido salvar mais de seis mil empregos, e defendeu que, se nada tivesse sido feito, as consequências teriam sido “terríveis”.
Salientando que uma das preocupações do seu Governo “é estar próximo das empresas”, Sócrates afirmou que “ainda há seis meses ninguém conseguia estimar que podia suceder esta redução na procura”.
Durante a sua intervenção no seminário do “Diário Económico”, O Chefe de Governo explicou os motivos que levaram Portugal “a ser o primeiro país da Europa a ter um acordo entre o Governo e o sector automóvel”. “O Governo percebeu rapidamente o que aí vinha. O que aí vinha era terrível para as empresas e para os seus colaboradores. O que aí vinha era um despedimento de mais de seis mil pessoas”, sustentou.
Segundo as contas do primeiro-ministro, “há reduções na ordem dos 40 por cento”.
Para Sócrates, se a opção do Executivo “fosse ficar sentado à espera, as companhias reuniriam os seus trabalhadores e explicariam que teriam de fazer reduções de custos de pessoal em consequência da redução da produção”. “O que o Estado fez foi contratualizar com todas essas empresas. Durante um ano o Estado ajuda essas empresas na formação dos seus trabalhadores, formações que terão um período de seis meses. Vamos esperar que este ano a produção retome os seus níveis normais e se mantenham os colaboradores”, explicou.
Sócrates defendeu a estratégia governamental, considerando que “o Estado mantém empregos, mas também permite que as empresas do sector automóvel conservem os níveis de competitividade”.
GOVERNO USARÁ LIMITE DO DÉFICE
O Executivo socialista vai usar em 2009 a margem do défice até três por cento, em investimento público e despesas sociais.
“A margem de manobra entre os actuais 2,2 por cento de défice e os três, por cento devem utilizados em mais investimentos públicos e despesas sociais”, disse Sócrates.
O primeiro-ministro frisou ainda que Portugal “será um dos poucos países da zona euro que cumprirá o seu objectivo orçamental em 2006”.
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Bem, as boas notícias também são para se colocar.
Apesar de eu não concordar com muitas coisas que este governo faz, sei também que todos os governos (claro que uns muito piores que outros) têm coisas más, mas há sempre algo melhor no que fazem.
Neste caso alguns podem argumentar que é feito para publicidade eleitoral e ser usado como argumento nas próximas eleições, ou mesmo para não subir o número do desemprego e que se não pagassem em formação teria de pagar já em subsídios de desemprego e iria dar ao mesmo, etc.
Mas pessoalmente, acho que a decisão foi tomada mesmo a pensar-se não só nos 6.000 postos de trabalho bem como na aposta na indústria automóvel importante para o nosso país, e que foi feita com boa intenção, e neste caso concordo com ela.
Há quem pense possivelmente que se acabarem por não ficar com o emprego depois se gasta na mesma em subsídios de desemprego e que o dinheiro gasto não serviu para nada, ou mesmo que não se devia andar a pagar "salários" assim em vez da empresa para a ajudar, mas eu pessoalmente acho que vale a pena correr o risco, se não ficarem lá depois, azar, ao menos tentou-se algo.
Mas neste caso acho que compensa tentar salvar estes 6.000 postos de trabalho, e manter a indústria automóvel firme cá.
Como as coisas foram feitas na realidade não sei mas parece-me bem.
Plano salvou seis mil empregos
