Economia mundial em coma
E a crise continua...
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Seis meses depois o mundo continua em coma
Seis meses depois do colapso do Lehman Brothers ainda ninguém sabe como sair da crise financeira que atirou a economia para a recessão mais profunda das últimas décadas.
Hoje, em Londres, os banqueiros centrais e ministros das Finanças das vinte economias mais poderosas do mundo reúnem-se à mesma mesa para encontrar consensos que permitam ao mundo sair, em conjunto, da crise global.
O distanciamento entre posições políticas dos diversos blocos económicos quanto às medidas efectivas a implementar pode significar que, amanhã, ao fim do dia, as elevadas expectativas criadas em torno do G20 se venham a traduzir em progressos pouco significativos face à gravidade da situação económica.
A cada dia que passa, novas previsões internacionais traçam um cenário ainda mais negro para a economia mundial. O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, estimava ontem em entrevista ao "Daily Mail", que "o crescimento global vai cair, provavelmente , entre 1% a 2%". Trata-se da previsão mais pessimista assumida publicamente até agora.
Segundo o responsável, "não vemos números como estes desde a II Guerra Mundial", por isso, alertou "estes são tempos sérios e perigosos". Na véspera, o director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn avisara, também, que esta "é a pior contracção das nossas vidas".
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In [url=http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=358774]Jornal de Negócios[/url]
Para os que queiram saber mais sobre o Lehman Brothers:
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Entenda a quebra do banco Lehman Brothers
da BBC
O Lehman Brothers, quarto maior banco de investimentos dos Estados Unidos, pediu concordata após incorrer em perdas bilionárias em decorrência da crise financeira global.
Temores de que a carteira de ativos do banco, em grande parte ancorada em valores hipotecários, valia muito menos do que o originalmente estimado minaram a confiança na instituição de 158 anos. Do ano passado para cá, Lehman Brothers viu suas ações despencarem mais de 95%.
A seguir, entenda as causa da quebra do banco e as conseqüências para o mercado financeiro e os seus clientes.
Por que o Lehman Brothers pediu concordata?
O Lehman Brothers é considerado um dos maiores operadores de empréstimos a juros fixos de Wall Street e havia investido fortemente em títulos ligados ao mercado do chamado "subprime", o crédito imobiliário para pessoas consideradas com alto risco de inadimplência.
Com esses investimentos agora considerados arriscados demais, analistas dizem que era inevitável que aumentasse a desconfiança em relação ao Lehman Brothers --particularmente depois do colapso do banco Bear Stearns, no início do ano.
No período de junho a agosto do ano passado, o banco anunciou uma baixa contábil de US$ 700 milhões, ao revisar para baixo o valor de seus investimentos em hipotecas para imóveis residenciais e comerciais.
Neste ano, esse valor subiu para US$ 7,8 bilhões, levando o banco a anunciar, na semana passada, o maior prejuízo líquido de sua história.
O banco também admitiu que ainda possuía US$ 54 bilhões em investimentos atrelados ao mercado imobiliário com risco potencial de difícil avaliação.
Com a desconfiança a respeito da segurança desses investimentos, houve uma queda no valor das ações da empresa na semana passada, em meio ao fracasso de negociações para levantar bilhões de dólares para dar garantia de solidez a investidores.
Como isto me afeta?
Ninguém tem cheque ou conta corrente do Lehman Brothers. Trata-se de um banco especializado em grandes e complexas operações e investimentos.
Apesar disso, o colapso da instituição provavelmente será sentido por milhões de pessoas em todo o mundo --pelo menos indiretamente. Muitos bancos e fundos de pensão têm negócios com o Lehman Brothers ou com firmas como fundos de hedge que operam exclusivamente com o banco.
Desatar as complexas relações do Lehman Brothers pode levar semanas ou até meses. Neste tempo, o mercado financeiro permanecerá confuso. Muitos bancos não saberão exatamente em que medida estão expostos ao Lehman, e será difícil liberar recursos nestes casos.
Ao mesmo tempo, isto deve intensificar a crise de crédito, com conseqüências potencialmente negativas para as companhias e os consumidores.
O colapso dramático do Lehman Brothers também já abalou as bolsas, com os preços de ações despencando em todo o mundo.
Há outras companhias enfrentando problemas parecidos aos do Lehman Brothers?
Sim --por exemplo, o banco Merrill Lynch, outro grande banco de investimento americano.
O Bank of America anunciou uma fusão com a instituição, em um negócio envolvendo cerca de US$ 50 bilhões.
Com a crise, havia muitos temores a respeito da carteira de investimento do Merrill Lynch e quanto dela era atrelada ao "subprime".
A maior dor de cabeça, porém, é em relação à seguradora AIG, uma das maiores do mundo. Ela teria pedido ao banco central americano, o Federal Reserve, um empréstimo de curto prazo de US$ 40 bilhões.
Com a AIG em dificuldades, milhões de consumidores e companhias seriam afetados em todo o mundo. O sistema financeiro como um todo também seria atingido.
Por que o Tesouro americano não resgatou o Lehman Brothers?
Quando o Bear Stearns começou a dar sinais de ser afetado pela crise, o Tesouro americano ajudou o JP Morgan Chase a comprá-lo.
Além disso, na semana passada, o governo na prática nacionalizou as firmas de hipoteca Fannie Mae e Freddie Mac, que entre si possuem ou avalizam cerca de metade do mercado de hipotecas americano, avaliado em US$ 12 trilhões.
Os contribuintes americanos correm o risco de ter um prejuízo de bilhões de dólares com essas injeções de recursos, por isso está cada vez mais difícil politicamente para o governo socorrer companhias privadas.
Ao rejeitar conceder garantias para uma operação de compra do Lehman Brothers pelo banco britânico Barclays, analistas dizem que o Tesouro americano traçou uma linha para demarcar a vontade de usar dinheiro público no resgate a bancos que tomaram decisões equivocadas.
Em vez disso, autoridades preferiram apoiar o sistema de outras formas, anunciando medidas para facilitar o acesso de empresas com dificuldades financeiras a créditos de emergência.
Qual o tamanho do Lehman Brothers?
Fundado em 1850 por três judeus imigrantes da Alemanha, o Lehman Brothers é há décadas um proeminente banco de investimentos de Wall Street.
Suas operações são com governos, companhias e outras instituições financeiras e emprega 25 mil pessoas em todo o mundo.
Seu principal negócio é a compra e venda de ações e ativos de renda fixa, pesquisa, gerenciamento de investimentos e fundos.
Desde o início da crise nos mercados financeiros, a instituição viu o valor de sua ação encolher de US$ 82 para menos de US$ 4, uma queda de 95%.
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In [url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u445110.shtml]Folha Online[/url]
E aqui fica um dos "heróis" da crise. :lol:
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