Explicação para o acto de Maitê Proença
Aqui fica uma boa explicação para o acto da Maitê Proença, que no fundo até pode ser vítima de uma lavagem cerebral que é feita ao povo Brasileiro desde pequenos que os levam a tentar não gostar do seu passado e desejarem terem sido colonizados por Inglaterra. E que no fundo Maitê fez o que muitos media fazem no Brasil, só que teve a infelicidade de ser descoberta por nós, e de ser tão famosa ter provocado a desilusão que tivemos. Sabemos de jornalistas como Polibio Braga que falaram muito mal de nós mas como são anónimos a nós, nem reparamos neles. Ela no fundo foi a que teve azar de ser descoberta. Possivelmente até foi levada pela Rede Globo a fazer aquela peça assim...
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Ofensas aos portugueses: Maitê Proença apenas repetiu a mídia
Em uma matéria exibida no programa Saia Justa (GNT/Globo), a atriz Maitê Proença cometeu uma série de grosserias contra os portugueses. Para o colunista Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo, seria algo normal, fruto do preconceito que brasileiros e portugueses sentem uns dos outros. A atriz não expressou, na verdade, um preconceito que nasceu não se sabe de onde, mas sim vários conceitos alimentados pela mídia brasileira. Um processo de permanente negação das origens, de desprezo pelo nosso passado, que sempre quis nos ensinar a odiar ter sido colônia de Portugal e não da Inglaterra. O artigo é de Rogério Mattos Costa.
Rogério Mattos Costa, de Madri
As grosserias de Maitê Proença, exibidas no programa Saia Justa (GNT/Globo) foram algo absolutamente normal. Essa é a conclusão a que chega Clóvis Rossi, da Folha de São Paulo, para quem, tudo seria culpa do preconceito que brasileiros e portugueses sentem uns dos outros, espontaneamente.
Permita-me discordar, meu caro Clóvis.
Maitê não expressou um preconceito que nasceu não se sabe de onde, mas vários conceitos criados pela mídia brasileira (veja o vídeo).
Ela apenas colocou no vídeo toda lavagem cerebral a que quase toda a população brasileira é submetida há várias décadas, desde a escola primária até quando lê um artigo seu e de outros colegas seus que ainda escrevem para a Folha e outros jornais do gênero.
Um processo orquestrado, coordenado, de permanente negação das origens, de ataque à auto-estima, de desprezo pelo nosso passado, que em outras palavras, nos quis sempre ensinar a odiar ter sido colônia de Portugal e não da Inglaterra.
Para quê?
Ora, para nos fazer aceitar, mais fácil, sermos um tipo de colônia dos Estados Unidos, que “teria tido mais sorte” em ter sido colonizado pela Inglaterra, mas que agora poderíamos “imitar”, sendo colônia da colônia dela!
Um processo que consiste em falar mal o dia inteiro, do Brasil, pela boca de centenas de “jornalistas” e “colonistas” regiamente pagos por prêmios, concursos e convênios de universidades americanas com seus jornais de origem.
Um processo que nos leva a odiar ter nomes como Ferreira, Lobo, Oliveira e não Smith, Lee ou Carter.
A não valorizar nosso próprio país, nossos costumes, nossos heróis, nossa língua, nossa forma calorosa e afetiva de tratar o diferente e principalmente, ao estrangeiro.
Um processo de lavagem cerebral que nos ensina a principalmente, a odiar a verdadeira mistura de raças que é o Brasil, apontando-a inclusive, como a fonte de nossa desgraça. Quando o mundo inteiro saúda e reconhece com enorme vantagem competitiva do Brasil.
Maitê nada mais fez do que, em público e ao vivo, repetir aquilo que não só as suas decadentes colegas de programa na Globo, mas mesmo nossas vetustas mestras, coitadas, já tinham que nos dizer, desde que éramos pequenos: ser descendentes de Portugal é a fonte de todos os nossos males.
Fruto da dominação cultural e ideológica a que sempre esteve submetido o Brasil, que Nelson Rodrigues tão bem chamou de “complexo de vira-lata”, aprendemos entre uma lição de Historia e outra que todo nosso atraso vem do fato de termos sido colonizados por portugueses “criminosos, degredados, sifilíticos, assassinos”.
Enquanto isso, para os Estados Unidos, segundo nossos livros didáticos, teriam sido mandados piedosos “protestantes perseguidos em seu país”, todos “peregrinos religiosos”do Mayflower, que confraternizaram no dia de ação de graças comendo um peru presenteado por seus amigos índios, com quem se davam maravilhosamente bem.
Segundo essa surrada tese racista, seria do próprio povo e não da elite brasileira, a culpa dos 502 anos de desgoverno em que essa elite governou sozinha, como quis. Mandando até naquilo que nossas crianças, como eu e a Maitê já fomos um dia, iriam aprender na escola.
Daria assunto para muitos artigos desmentir todas essas teses racistas, anti-brasileiras, mas vou tentar desmentir pelo menos duas delas.
A mais importante delas é que se Brasil e Estados Unidos foram descobertos quase na mesma época, porque razão o Brasil é assim e os Estados Unidos são a maior potência da Terra que já existiu?
Eles gostam de explicar que isso se deve a que os Estados Unidos foram colônia da “Old Albion”, da gloriosa Inglaterra, composta unicamente de orgulhosos anglo-saxões, uma “raça pura” enquanto que nós, ora fomos apenas um quintal mal explorado e bagunçado de um reinozinho de segunda, plantado na ponta da Europa, que já era uma mistura de godos, visigodos, suevos, árabes, romanos, lusitanos, etc...
Vamos aos fatos.
Abra o Google e coloque as palavras entre aspas “english pirate” e anote o numero de verbetes que irá localizar. Eu encontrei 65.440 páginas. Agora coloque “american pirate” e verá 78.900 páginas. Tecle “portuguese pirate”. Eu encontrei 13.800 verbetes. O que isso significa? Quase nada? Significa apenas, amigos leitores, que nossa “História”não conta mas o processo de acumulação pré-capitalista que permitiu à Inglaterra e Estados Unidos acumularem riquezas para construir uma marinha mercante e de guerra que lhe permitisse a supremacia dos mares, foi construída e acumulada, em grande parte, pela repugnante atividade da PIRATARIA, principalmente contra navios portugueses e espanhóis.
E inglês? Você lembra de quem era “Sir” Francis Drake, The Queen’s Pirate?
A pirataria nos Estados Unidos e Inglaterra era tão comum que a própria rainha Elizabeth I tinha-o como seu próprio pirata para roubar e matar por ela. Isso também está nos livros. Mas nossas escolas e professoras não contam. Até hoje.
Aos que duvidarem faço um desafio: digam o nome de um único pirata português. Não vão encontrar. Pode ser até que tenham existido. Mas eram perseguidos e capturados pelo estado português e não nomeados como cavalheiros , ou “Sir”, como foi Drake , um verdadeiro monstro de crueldade, nomeado pela própria rainha da Inglaterra, que o contratou.
Vamos à outra grande mentira: a Inglaterra era a salvadora dos negros escravos, que os odiosos portugueses comercializavam.
Novamente vamos aos fatos. Ao Google novamente.
Escrevam lá : “irish slavery” e verão 16.800 verbetes.
Se explorarem um pouco as páginas que abrir-se-ão diante de seu solhos, vão saber de algo que nunca foi dito em nenhum livro de historia brasileiro: os ingleses não só foram os que iniciaram o tráfego de escravos da África para a América do Norte e do Sul, mas foram os ingleses que iniciaram o tráfego de brancos.
Já por volta de 1640, por ordem do rei e depois de Cromwell, o ditador da república inglesa, foram expulsos de suas casas, aprisionados e vendidos como escravos mais de 330.000 irlandeses, homens, mulheres e crianças.
Ainda em 1800, enquanto os ingleses “patrulhavam as águas do Brasil, à busca de libertar escravos”, na Irlanda, meninas e moças eram aprisionadas em casa e vendidas como escravas no norte da África, por mercadores apoiados pelas tropas britânicas.
Ou seja, a riqueza da Inglaterra também veio de roubar a terra, as plantações, as casas, as estradas, pontes, igrejas, castelos da Irlanda e vender seus homens, mulheres e crianças para fazendeiros, amigos de piratas, ou eles próprios piratas, estabelecidos como nobres no “Novo Mundo Inglês”.
Duvidam? Experimentem clicar: why is irish slavery is never talked about.
Maitê Proença não é culpada das grosserias e baixarias que cometeu. Ela é apenas mais uma vítima das elites intelectuais do Brasil e da mídia que a serve-utiliza cujo único objetivo é manter-nos eternamente com a “moral baixa”.
Uma mídia que deseja que não saibamos o grande país que temos, o excelente conceito que nossos técnicos, profissionais, empresas, artistas, escritores, cientistas temos lá fora.
Uma mídia mais do que racista: anglófila e americanófila, que detesta não só tudo que seja português, mas que tenha qualquer origem latina.
Para quê isso? Ora para dominar-nos mais facilmente, explicando por nossa origem de sangue nossas desigualdades sociais e não pelo domínio de uma elite má, egoísta, cheia de soberba e politicamente mesquinha e atrasada.
Num outro artigo volto ao tema para mostrar, com endereços de pesquisa na web, mais verdades que nos tem sido encobertas nos últimos 502 anos.
Aproveitem e pesquisem bem as dicas que deixei acima.
Vocês irão ter um baita susto, garanto.
Ainda bem que agora existem essas ferramentas de busca! Aproveitem meninos e meninas!
Não deixem a mídia golpista fazer com vocês o que fez com a Maitê Proença!
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In [url=http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16191&alterarHomeAtu al=1]Carta Maior[/url]
Como podem ver possivelmente só uma pequena parte do povo Brasileiro se deixa influenciar por este tipo de preconceito, e ele é incutido desde pequenos nas escolas devido a elites que manipulam a educação.
Aos Brasileiros enquanto não aceitarem e se conciliarem com o glorioso passado dos seus antepassados Portugueses, não poderão ter um bom futuro, porque nenhum povo pode ter um futuro brilhante renegando o seu passado. Há que aceitar o passado e ter orgulho dele para se ter um bom futuro.
Quanto à Maitê Proença, até podia ter sido uma vítima no meio disto tudo, devido talvez à sua ignorância ou facilidade de manipulação, ser altamente influenciável etc, mas o que fez não foi lá muito decente. Mas enfim também não foi o fim do mundo, talvez isto até tenha servido para muitos Brasileiros abrirem os olhos e perceberem as manipulações de que são alvo desde pequenos que os levam a agirem contra as suas próprias origens, que são bem mais grandiosas do que as origens do povo britânico.
Os Ingleses foram invadidos, foram governados séculos pelos Vikings (Dinamarqueses) que só sairam de lá após serem cristianizados e os deixarem em paz. Ao contrário dos nossos Reis que castigavam os piratas, os Ingleses usavam a pirataria para roubar outros povos sem dar nas vistas, até havia piratas que trabalhavam para os reis de Inglaterra, e até escravizaram o próprio povo, como a escravatura de Irlandeses. Foram eles que deram o verdadeiro início à escravatura. E eles cometeram o genocídio de raças inteiras, vejamos os índios norte americanos que mal existem hoje em dia, passaram para o esquecimento, enquanto o povo Português se misturava com outras raças, e o próprio Salazar dizia que todas as pessoas do império eram Portugueses e deviam ser tratados como tal. Os Ingleses até pilhavam os mares do Brasil, e raptavam lá pessoas para as venderem como escravos depois. Inglaterra cresceu muito à custa da pilhagem e ladroagem, e não apenas do desenvolvimento normal como outros países. E no entanto muitos Brasileiros acham que teriam sido melhor colonizados pela Inglaterra.
Esperemos que eles percebam a realidade, e o quão grandioso foi o passado do povo Português, aquele povo com menos pessoas da Europa, tão pequeno país que era, e que fez o papa dividir o mundo ao meio, para não conquistarmos tudo. Um povo que venceu batalhas em que éramos um homem para cada oito, como a de Aljubarrota, povo valente e o qual qualquer país teria orgulho em ter como seu antepassado.
Já antes da nação Portuguesa ser criada, e ainda antes da Gallaecia Romana da qual fizemos parte junto com os nossos irmãos Galegos e até Asturianos (especialmente Galegos pois os Asturianos já perderam muita da sua cultura e os Galegos falam Português), já haviamos sido o povo que derrotou o grandioso Império Romano. Foi o nosso líder Viriato que fez o César de Roma tremer de medo quando tentava invadir a Ibéria. Tal era o respeito que tinha por Viriato que ao mandar matar os três traidores que mataram Viriato pela traição e lhe foram pedir o pagamento, falou a célebre frase "Roma não paga a traidores". A bravura do Povo Português, vai muito antes de ser fundado Portugal como país. É uma bravura com milénios.
Acho que os Brasileiros têm muita sorte em se poderem orgulhar de terem como antepassado aquele povo que deu origem ao fenómeno da globalização, e que deu início à Era dos Descobrimentos, aquele minúsculo país que dividiu o mundo ao meio. Não é qualquer país que se pode orgulhar de ter como antepassados os bravos Portugueses, é uma honra serem grande parte deles descendentes de Portugal.
Por isso espero que comecem a orgulhar-se do passado que têm, pois tal como digo, um povo que não se orgulha nem se concilia com o seu passado, não pode ter um bom futuro!
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