BCP cai forte com Tragets em baixo de hoje
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Deustche Bank recomenda "vender" BCP e corta "target" do BES em 30%
Numa nota de investimento emitida ontem, o Deutsche Bank cortou o preço-alvo para o Banco Comercial Português (BCP) e para o Banco Espírito Santo (BES), com o banco liderado por Ricardo Salgado a sofrer o corte mais elevado (30%), e maior banco privado nacional a ver a sua recomendação descer para "vender".
O Deutsche Bank cortou o preço-alvo para o Banco Comercial Português (BCP) e para o Banco Espírito Santo (BES), com o banco liderado por Ricardo Salgado a sofrer o corte mais elevado (30%), e maior banco privado nacional a ver a sua recomendação descer para “vender”.
Numa nota de investimento com data de ontem, o maior banco privado nacional viu a avaliação das suas acções descer em 23,3% para os 1,15 euros face aos anteriores 1,50 euros, tendo também a recomendação sido revista em baixa de “manter” para “vender”.
O Deutsche Bank justifica estas alterações com uma antecipação da pressão que vê relacionada com o mercado português, com novas revisões em baixa da avaliação dos bancos de investimento, possíveis discussões sobre a base de capital do banco e a necessidade de outra injecção de capital e, ainda, com uma avaliação não atractiva face ao sector, já que apresenta um P/E (relação entre a cotação e os lucros por acção) estimado para 2009 de 8,4 vezes, o que compara com o de 7,6 vezes do sector.
Em Junho Deutsche Bank subiu recomendação
No passado dia 12 de Junho, o banco de investimento alemão emitiu uma nota de investimento em que revia em alta a recomendação para o BCP de “vender” para “manter”, sublinhando que, desde Janeiro, as quatro razões para vender já não se aplicam. O analista Carlos Berastain Gonzalez sublinhava que não via razões para manter a recomendação de “vender”, pelo que esta foi actualizada para “manter”.
Numa nota de investimento datada de ontem, o mesmo analista reviu em baixa o “target” para as acções do banco bem como a respectiva recomendação.
BES não é tão caro
Quanto ao BES, o corte no preço-alvo foi mais acentuado (30%) dos anteriores 16 euros para os 11,2 euros, não alterando a recomendação de “manter”. O Deustche Bank sublinha que face ao BCP, o BES está melhor capitalizado, menos sujeito a possíveis encargos de imparidade devido a participações e descidas de avaliação da média dos analistas e, não é tão caro.
Relativamente aos resultados do segundo trimestre, o Deutsche Bank estima que o banco conduzido por Carlos Santos Ferreira apresente hoje um resultado líquido de 81 milhões de euros. Para o BES, o banco de investimento alemão estima um resultado líquido de 125 milhões de euros.
Devido às actuais expectativas de resultados do segundo trimestre para ambos os bancos, o Deutsche Bank reduziu também as estimativas para os anos de 2008 e 2009 em 8% e 13%, em cada ano, para o BCP e BES, respectivamente. O banco espera dificuldades no mercado português, com o crescimento dos volumes a continuar a abrandar e o aumento dos custos de financiamento. Nas operações internacionais, sobretudo na Polónia e Grécia para o BCP, as tendências de base deverão manter-se fortes.
As acções do BCP seguiam a cair 5,02% para os 1,135 euros, enquanto as do BES recuavam 1,68% para os 10,51 euros.
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Corta BCP para 1,15 euros
UBS revê em baixa preços-alvo e estimativas para os bancos portugueses
A UBS reviu em baixa as suas estimativas e também os preços-alvo dos quatro maiores bancos portugueses cotados. O BCP foi aquele que sofreu o corte mais acentuado no seu preço-alvo (28,1%), enquanto o BES viu a avaliação das suas acções descer em 14%, sendo o banco que a para a UBS será o melhor da turma no segundo trimestre do ano.
A UBS reviu em baixa as suas estimativas e também os preços-alvo dos quatro maiores bancos portugueses cotados. O BCP foi aquele que sofreu o corte mais acentuado no seu preço-alvo (28,1%), enquanto o BES viu a avaliação das suas acções descer em 14%, sendo o banco que a para a UBS será “o melhor da turma” no segundo trimestre do ano.
Numa nota de investimento emitida hoje sobre os bancos portugueses, a UBS justifica este corte nos preços-alvo do BPI, BCP, BES e Banif com o “impacto do défice dos fundos de pensão no NAV [valor líquido dos activos ], a descida do EPS [lucro por acção] (sobretudo o BPI), o impacto de diluição dos aumentos de capital” e a queda na avaliação das participações financeiras, devido à desvalorização do mercado de capitais.
O maior corte na avaliação foi dado ao Banco Comercial Português (BCP) que viu o seu preço-alvo desce dos anteriores 1,60 euros para os 1,15 euros, mantendo-se a recomendação de “vender”.
Numa nota de investimento emitida hoje sobre os bancos portugueses, o analista Ignacio Sanz reduziu o preço-alvo do BPI de 3,80 para 2,90 euros. Apesar deste corte de 23,7% na avaliação do banco liderado por Fernando Ulrich, a casa de investimento suíço manteve a recomendação de “neutral”.
O Banco Espírito Santo (BES) será o banco que apresentará os melhores resultados no segundo trimestre deste ano, de acordo com a casa de investimento que o considera “bem capitalizado”. Juntamente com o Banif, a instituição financeira liderada por Ricardo Salgado continuam a ser as “apostas preferidas na Península Ibérica”.
O preço-alvo da UBS para o BES é agora de 12,3 euros, tendo sofrido um corte de 14% face aos anteriores 14,3 euros. A recomendação atribuída ao banco é de “comprar”. Para o Banif, a UBS tem também um “rating” de comprar”, apesar do corte de 22,7% efectuado no preço-alvo que se situa agora nos 3,40 euros.
Quanto aos resultados que começarão hoje a ser divulgados, com o BCP a dar o “pontapé de saída” após o fecho do mercado, a UBS acredita que, no segundo trimestre, o resultado líquido do sector terá recuado 62%, com o BES a registar o melhor desempenho e o BCP e o BPI a requererem “mais cautelas”.
Apesar dos aumentos de capital do BCP, BPI e Banif, o analista Ignacio Sanz estima que o Core Tier I médio do sector se situará nos 5,8%. “Estamos a cortar as nossas estimativas para os bancos portugueses devido ao impacto dos aumentos de capital, margens de depósito e receitas de mercado de capital mais baixas”, conclui o analista da UBS.
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